O Parque Nacional da Chapada
Diamantina foi fundado em 1985 com a intenção de proteger a região - já
muito prejudicada pela mineração e criação de gado - e incentivar o
turismo e pesquisa científica. A área total do parque é de 1520 km2 e
abriga mais da metade da serra do Sincorá.
O ecossistema atual da região é bem
diferente do encontrado pelos primeiros badeirantes que a exploraram.
Grandes árvores foram derrubadas para facilitar a mineração, que também
ocasionou a erosão do solo. Com a proibição do garimpo na região do
Parque Nacional, o fogo, colocado tradicionalmente nos pastos pelos
fazendeiros, é hoje o grande inimigo do ecossistema.
Com altitude média entre 800 e
1000 metros, a Chapada é formada por um extenso planalto que possui
picos de até 1.700 m, o que favorece a formação de grandes vales.O
principal período de chuvas da região é de novembro a fevereiro, e
durante todo o ano há grandes variações diárias de temperatura.
Os solos rasos, consequência das
escavações, facilitam o escoamento das águas através das encostas. A
Chapada é o grande divisor de águas entre a bacia do São Francisco e os
rios que rumam para o Oceano Atlântico, como o Paraguaçu.
A vegetação é bem diversificada,
misturando florestas de planície, campos rupestres, agrestes e caatinga
(nas terras secas). Nos vales à beira dos rios, por exemplo, a mata é
densa e os solos, mais ricos.
Uma atração à parte são os mais de
50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras que, de abril a agosto,
embelezam os cenários da Chapada. A região possui também muitas plantas
que são usadas para fins medicinais.
Entre os animais encontrados na
rica fauna da região estão o tamanduá bandeira, tatu canastra, porcos
espinhos, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e
cobras. Algumas espécies estão ameaçadas de extinção, principalmente
devido à caça.
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